A que tudo indica o leilão da tecnologia 5G no Brasil irá ocorrer no segundo semestre deste ano, a questão, porém, não está na data de sua realização e sim no veto a participação da chinesa Huawei. A gigante não é, propriamente dita, uma opção considerável aos olhos do governo americano – país que veem se aproximando do Brasil nos últimos meses devido a boa relação dos respectivos presidentes – e isso poderia significar algo negativo para tal interação. Entretanto, segundo o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Marcos Pontes, (nome indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para definir os parâmetros de seleção) não haverá nenhum tipo de escolha senão aquela baseada no nível técnico.

 A pressão americana, segundo Pontes, não será aceita pelo Brasil restando aos EUA aceitarem a negociação. “Um bom parceiro sempre entende as necessidades do outro”, afirmou ele em entrevista em seu gabinete. Na ocasião, ainda, ele foi além comparando que a situação se iguala se for considerado que o Brasil não faz pleito aos EUA sobre quais negócios fazer com a China e como isso afeta ou não nossa agricultura.

  Sem pressões externas, o leilão permanece em estudo acerca das alternativas de implementação da novidade, afinal, há um problema técnico de interferência do 5G na frequência das antenas parabólicas que transmitem sinal de TV via satélite. As opções em analise seriam: colocar filtros nas parabólicas ou mudar o sistema de transmissão para banda Ku.

  Mesmo diante de contratempos, o ministro se coloca confiante frente as possibilidades do Brasil em aprender com os erros e acertos de outros países que já consolidaram o novo sistema.

Fonte: Portal Exame